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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mãos da Terra reune cultura e artesanato do mundo todo



No passado costumava ser uma aventura conseguir intercambiar produtos de culturas diferentes. Fosse atravessando a Rota da Seda na China, viajando pelos Caminhos da Índia, negociando através do Estreito de Gibraltar ou cruzando o oceano com caravelas, havia um verdadeiro abismo separando as culturas dos mais diferentes povos do planeta.

Mas eis que surgiu a Globalização e tudo isso mudou definitivamente.

Uma grande prova disso é a feira internacional de cultura e artesanato Mãos da Terra, que acontece no Parque Vila Germânica tendo iniciado na quinta-feira passada (01/05) e que continuará acontecendo até domingo (10/06).

No evento há representantes de diversas regiões do país – como Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e até cidades vizinhas aqui do nosso próprio estado – além de expositores de quatro continentes: América do Sul (Bolívia, Venezuela, Equador, Paraguai, etc), África (África do Sul, Angola, Marrocos, etc), Ásia (Índia, Indonésia, Tailândia, etc) e Europa (Portugal, Espanha, etc).

Mas o ponto alto mesmo ficou a cargo dos simpáticos índios Pataxó que vieram da Bahia e cuja tribo conta com apenas seis mil pessoas espalhadas em 25 aldeias.

Liderados por Tuchê Tybwyba Pataxó os cinco índios apresentam espetáculos com demonstrações de dança típica, além de vender belos artesanatos (essencialmente feitos de argila ou madeira) e encantam as pessoas com, por exemplo, a imitação de sons de pássaros.

Para quem ainda não foi, vale muito a pena ir.

A feira continuará até este domingo, acontecendo das 14h às 22h e com ingressos pelo módico valor de R$ 5,00 (menores de 12 anos e maiores de 60 não pagam).




























Os números da Feira do Empreendedor



Começou na quinta-feira (31/05) e terminou no domingo (03/06) a nova edição da Feira do Empreendedor de Blumenau, ocorrida na Vila Germânica.

Com um total de 20 mil visitantes e a formalização de 120 empreendedores que antes trabalhavam irregularmente, o evento bateu todos os recordes. O Google disponibilizou 12 mil domínios gratuitamente para micro e pequenas empresas, 693 pessoas passaram pelos consultores empresariais disponibilizados durante a feira e 8.214 pessoas foram capacitadas pelas 96 palestras, 80 oficinas, 48 clínicas tecnológicas e quatro encontros empresariais.

Durante o evento ocorreu também a entrega do Prêmio Prefeito Empreendedor e do Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios, além de o lançamento da Rede Vale Europeu de Hotéis e Pousadas e do Concurso de Idéias de Revitalização da Área Central de Blumenau.

A única coisa na qual o evento deixou – e muito – a desejar foi justamente na recepção.

Atendentes pouco atenciosos e um formulário extenso que exigia informações pouco necessárias (e que não poderiam ser legalmente exigidas) atrasava a entrada e fazia com que a experiência do evento começasse, para muitas pessoas, dando uma má impressão.

Apesar desse pequeno incômodo, a feira foi um sucesso inquestionável e ajudou milhares de pessoas a tomar coragem para dar seu primeiro passo rumo ao empreendimento legalizado.

Mas qual a importância do pequeno e do micro empreendedor para o Brasil?

Apesar de o Governo Federal afirmar que nosso país está indo financeiramente bem, isso não é verdade. A classificação para Classe Média foi inacreditavelmente nivelada para baixo, o PIB tem sido inchado de formas impraticáveis e mesmo assim se mantém baixo.

A crise que assola os países desenvolvidos e serve como trampolim para as nações emergentes estagnou o Brasil, cuja presidente prefere debater com retórica do que com ações efetivas.

Em 2009 o Produto Interno Bruto teve uma queda de 0,3% - o pior desde a administração do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em 2010 o PIB marcou 7,5% devido uma série de medidas de urgência que praticamente enxertavam a economia nacional. Em 2011 alcançamos 2,7% e a prospecção para 2012 é de um número similar.

Numa lista com 24 países emergentes, o Brasil – cujo governo se gaba pelo crescimento – está em 15º lugar com um crescimento anual de 45%, que é exatamente a média mundial. A China, por exemplo, cresce 160%. Além de o investimento público apenas ter caído nos últimos três anos.

Uma vez mais o desenvolvimento financeiro do país recai sobre a iniciativa privada – que apesar de ser a maior geradora de empregos, é duramente explorada pelo governo.

Só em Janeiro desse ano, o SEBRAE afirmou que 85,9% dos empregos formais gerados em todo o território nacional naquele mês eram por causa de micro e pequenas empresas que abriram 102.111 novos postos de trabalho com carteira assinada dos 118.895 restantes.

Dessa forma é inegável a importância desse segmento empresarial para a economia nacional.