Começou na quinta-feira (31/05) e terminou no domingo
(03/06) a nova edição da Feira do Empreendedor de Blumenau, ocorrida na Vila
Germânica.
Com um total de 20 mil visitantes e a formalização de 120
empreendedores que antes trabalhavam irregularmente, o evento bateu todos os
recordes. O Google disponibilizou 12 mil domínios gratuitamente para micro e
pequenas empresas, 693 pessoas passaram pelos consultores empresariais
disponibilizados durante a feira e 8.214 pessoas foram capacitadas pelas 96
palestras, 80 oficinas, 48 clínicas tecnológicas e quatro encontros
empresariais.
Durante o evento ocorreu também a entrega do Prêmio
Prefeito Empreendedor e do Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios, além de o
lançamento da Rede Vale Europeu de Hotéis e Pousadas e do Concurso de Idéias de
Revitalização da Área Central de Blumenau.
A única coisa na qual o evento deixou – e muito – a desejar
foi justamente na recepção.
Atendentes pouco atenciosos e um formulário extenso que
exigia informações pouco necessárias (e que não poderiam ser legalmente
exigidas) atrasava a entrada e fazia com que a experiência do evento começasse,
para muitas pessoas, dando uma má impressão.
Apesar desse pequeno incômodo, a feira foi um sucesso
inquestionável e ajudou milhares de pessoas a tomar coragem para dar seu
primeiro passo rumo ao empreendimento legalizado.
Mas qual a
importância do pequeno e do micro empreendedor para o Brasil?
Apesar de o Governo Federal afirmar que nosso país está
indo financeiramente bem, isso não é verdade. A classificação para Classe Média
foi inacreditavelmente nivelada para baixo, o PIB tem sido inchado de formas
impraticáveis e mesmo assim se mantém baixo.
A crise que assola os países desenvolvidos e serve como
trampolim para as nações emergentes estagnou o Brasil, cuja presidente prefere
debater com retórica do que com ações efetivas.
Em 2009 o Produto Interno Bruto teve uma queda de 0,3% -
o pior desde a administração do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em 2010
o PIB marcou 7,5% devido uma série de medidas de urgência que praticamente
enxertavam a economia nacional. Em 2011 alcançamos 2,7% e a prospecção para
2012 é de um número similar.
Numa lista com 24 países emergentes, o Brasil – cujo governo
se gaba pelo crescimento – está em 15º lugar com um crescimento anual de 45%,
que é exatamente a média mundial. A China, por exemplo, cresce 160%. Além de o
investimento público apenas ter caído nos últimos três anos.
Uma vez mais o desenvolvimento financeiro do país recai
sobre a iniciativa privada – que apesar de ser a maior geradora de empregos, é
duramente explorada pelo governo.
Só em Janeiro desse ano, o SEBRAE afirmou que 85,9% dos
empregos formais gerados em todo o território nacional naquele mês eram por
causa de micro e pequenas empresas que abriram 102.111 novos postos de trabalho
com carteira assinada dos 118.895 restantes.
Dessa forma é inegável a importância desse segmento
empresarial para a economia nacional.
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