Estreou nesta quarta-feira (02/05) o tão aguardado
musical Orfeu 21, totalmente idealizado e executado por professores e alunos do
Teatro Carlos Gomes.
Primeiro musical blumenauense em quase cinco décadas, a
peça se baseia na história de Orfeu, da Mitologia Grega, tendo seu texto
escrito pelo brilhante psiquiatra Gregory Haertel (bem como as letras das
canções) e melodias de André de Souza.
Para quem não conhece, o mito de Orfeu fala sobre um
poeta e argonauta que ganhou uma lira de Apolo com a qual encantava até mesmo
as forças da Natureza. Casado com a ninfa Eurídice, o protagonista se vê
obrigado a descer até o reino dos mortos de Hades quando sua amada perde a vida
ao ser picada por uma serpente.
Com um texto que extrapola a tragédia, passeando também
pela comédia e pelo romance, a obra Orfeu 21 ambienta esta mitologia em tempos
modernos.
Rogério (Fábio Hostert) é o vocalista de uma famosa banda
chamada Orfeus que se casa com a bailarina Alice (Luca Martins) e vê o sentido
de sua vida se esvaindo entre seus dedos quando esta sofre uma tragédia e fica
entre a vida e a morte em um hospital chamado Hades.
Se as imagens da galeria abaixo já são de impressionar, saiba
que elas não são nada quando comparadas ao espetáculo que contou com uma
orquestra cujos membros foram especial e cautelosamente escolhidos pelo maestro
André de Souza, cujas coreografias são assinadas pela sempre competente professora
Beatriz Niemeyer (em parceria com Luca Martins e Michelle Beatriz Nicoletti) e a atuação
é um espetáculo à parte sob a direção do fabuloso Pepe Sedrez.
As canções por si só impressionaram a todos os
espectadores que lotaram absolutamente todos os assentos do Grande Auditório do
Teatro Carlos Gomes.
Não só Fábio e Luca demonstraram uma grande aptidão musical
com seus personagens, como também se destacaram as harmoniosamente lindas vozes
de Mayla Valentin, Paula Tessarollo, Mareike Valentin e o genial James Beck,
que a cada papel consegue surpreender e se reinventar.
A orquestra contou com mais de vinte músicos, o coral da
FURB trouxe um 28 cantores, o corpo de dança contou com vinte bailarinos e a
banda Orfeus apresentou Deni Rodrigo Bonfante na guitarra, Chris Linek no baixo,
Jan Findeiss no teclado e Fábio Passold na bateria. O espetáculo também teve a Direção
de Produção de Rodrigo Dal Molin, Produção de Desiree Silveira, Figurinos de
Rose Reddin, Cenografia de Enzo Monti e Fotografia de Sabrina Marthendal.
É importante citar que o musical teve o patrocínio de
CartonDruck, Cia Hering, Havan, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul), Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de
Turismo, Esporte e Cultura e FUNCULTURAL.
Além de a importância histórica desse evento para o
estado, também foi uma oportunidade única para o Teatro Carlos Gomes – que tem
uma das melhores acústicas do Brasil – usar essa capacidade com a mais completa
plenitude.
Se você ainda não foi ver o espetáculo, vá. Não é apenas
a releitura de um épico, é um épico em si para a História do Teatro Catarinense...
um marco no qual ainda vão se inspirar mesmo daqui a meio século, quando a
maioria de nós já não mais existirá a não ser nas lembranças daqueles entes
mais jovens que vieram a nos amar.
A peça continuará em cartaz até domingo e a entrada
custa, inacreditavelmente, apenas R$ 20,00, um valor absurdamente módico se
comparado à qualidade do espetáculo.
Assista, se emocione e daqui a alguns anos você poderá
comentar que fez parte desta história.
E fica agora apenas a expectativa (e a torcida) para que logo seja lançado o DVD, porque um espetáculo dessa magnitude exige tal registro para a posteridade!
Ansiosa para ver sábado <3
ResponderExcluirParabéns a essa galera de coragem!!! Blumenau é mais do que festa do chopp!!!!
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