O noivado é uma instituição na qual um dos parceiros – tradicionalmente
o homem – firma o compromisso do casamento, dando ao relacionamento mais
seriedade do que o namoro.
Era comum no passado as famílias realizarem grandes
festas de noivado para apresentar formalmente o casal à sociedade na qual
estavam inseridas e também seu poderio econômico. Essas festas atualmente são
menos frequentes, mas ainda existem.
Entretanto, existe uma tradição que possivelmente será
eterna: o vestido de noiva.
Historiadores crêem que os primeiros vestidos
confeccionados especialmente para a ocasião tenha origem na tradição de
casamentos do Império Romano.
No início da Idade Média o número de bordados nos
vestidos remetia à posição social da família da noiva e a cor do seu tecido era
geralmente o vermelho, pois para eles essa era uma forma de demonstrar a
capacidade da futura esposa de gerar sangue novo e descendentes.
Já no final daquele período a cor do vestido mudou para
verde, sendo que no início da Renascença chegou-se até mesmo a utilizar o
preto, que era uma cor comum em cerimônias religiosas. Para os seguidores do
Barroco e do Arcadismo o branco começava a despontar como cor que realçava a
elegância, comumente realçados com pedrarias e babados de renda.
Contudo, foi apenas em Fevereiro de 1840 que o branco se
oficializou como a cor das noivas.
Durante a Era Vitoriana da Inglaterra, a lendária rainha
Vitória rompeu todas as tradições patriarcais quando pediu a mão do duque Albert
(que era seu primo) em casamento. A cerimônia foi possivelmente a mais suntuosa
da História e a rainha fez questão de – uma vez mais rompendo a tradição real –
usar véu e grinalda.
Justamente pela cor do vestido da rainha ser branca o
Papa Pio IX decretou que todas as noivas católicas deveriam usar vestidos com
esta cor como símbolo de virgindade.
Mesmo hoje em dia – cerca de dois séculos após o
casamento da maior rainha que o Reino Unido já teve – as cerimônias matrimoniais
ainda se inspiram naquilo que a rainha Vitória I popularizou e movem um mercado
que lucra bilhões de dólares todos os anos.
E justamente por conta deste mercado bilionário acontecem
frequentemente feiras destinadas a esse segmento específico na maioria dos
lugares do mundo.
No domingo (15/04) e também na segunda-feira (16/04)
Blumenau recebeu mais uma edição muito bem sucedida da Exponoiva, que contou
com diversos stands e desfiles, recebendo centenas de visitantes nos apenas
dois dias em que aconteceu.
De salões de beleza, serviços de bar, estúdios
fotográficos, ateliês, empresas especializadas em convites, confeitarias de
doces finos, decoradores, floriculturas e orquestras, até limusines, DJs e sex shops,
o evento foi completo e o público compareceu em peso, sendo que o dia de maior
movimento foi no domingo, dia de abertura da feira.
Ícones da cidade como o renomado pianista Paulino Junkes Júnior
e o talentoso fotógrafo Luis Carlos Kriewall Filho estiveram no local expondo
seus prodigiosos trabalhos.
Para as crianças havia brinquedos infláveis que desviava
a atenção dos pequeninos enquanto os pais e responsáveis olhavam o que há de
melhor no mercado de casamentos da cidade. E para comer havia deliciosos doces
e salgados de uma confeitaria da Velha.
Agradando a todos os gostos – desde àqueles mais piegas
que preferem orquestras tocando músicas de introdução de filmes e vestidos com
exageros em seus detalhes até os mais sofisticados que preferem duos em suas
cerimônias e vestidos com uma elegância simplista, essa edição da Exponoiva
certamente pôde agradar todos os gostos.
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