Os automóveis que desejaram seguir do Centro para o
Aterro deverão tomar uma rota nova chamada Via Projetada 44 que é repleta de
curvas e na melhor das hipóteses é um caminho que fará os motoristas gastarem
bem mais gasolina que o necessário.
Já aqueles que quiserem ir do Aterro para o Centro podem
continuar pegando a Rua Dois de Setembro normalmente, que se tornará mão única para
automóveis, dividindo espaço com o corredor de ônibus que virá na direção
contrária (Centro – Aterro). A Guarda de Trânsito patrulhará extensivamente o
local por duas semanas para ajudar na adaptação dos condutores.
Aqueles que estiverem na mal traçada Via Projetada 44 e
desejarem retornar a Dois de Setembro poderão fazê-lo através das ruas Henrique
Bennertz, 25 de Agosto e Santa Efigênia, que ganham sentido único e a promessa
da prefeitura de asfaltamento para melhorar o tráfego. Promessa, aliás, que soa
irônica considerando que na própria Rua Santa Efigênia existe uma faixa
colocada pelos moradores exigindo que sejam cumpridas promessas de campanha.
Para aqueles que estiverem na Dois de Setembro e
desejarem ir para a Via Projetada, a opção é a Rua Siderópolis, que também se
torna via de mão única.
Uma ponte que liga a nova Via com a Rua 1º de Janeiro
está em obra com uma previsão de três meses para ser entregue. Enquanto isso
não ocorre, os veículos que vão ao Aterro precisarão descer a Romário Abadia e
usar a faixa de ônibus excepcionalmente nesse trecho da Dois de Setembro (que
compreende aquela ponte que está quase caindo, no final da rua).
O semáforo instalado neste cruzamento será realocado para
a Rua 1º de Janeiro assim que a ponte ficar pronta, segundo a previsão da
própria prefeitura.
Outro ponto contraproducente desse projeto é a adoção de
mão-inglesa na altura da 25 de Julho entre a Rua Paris e a Dois de Setembro. Já
temos provas mais do que suficientes de que esse tipo de direcionamento ineficaz
apenas confunde os motoristas e facilita acidentes.
Caminhões acima de quatro toneladas serão proibidos de
trafegar pela região entre as 7h e as 20h com exceção daqueles que abastecem os
comerciantes da região.
Abaixo, um mapa das mudanças:
Os comerciantes da Rua Dois de Setembro, em grande parte,
dizem se sentir prejudicados pela mudança que desviará metade do movimento da
rua para um outro local e com isso diminuirá o tráfego de clientes ocasionais
em suas empresas, além de dificultar o acesso dos clientes fixos, que
precisarão fazer voltas ainda maiores para chegar nos estabelecimentos.
De qualquer forma, uma coisa é fato: a atitude de criar
formas alternativas de transporte para combater o trânsito é louvável, mas
dificultar a utilização de automóveis para tentar forçar a população a aderir
ao transporte coletivo, é uma atitude altamente suspeita.
Ainda mais levando em conta todos os boatos nefastos, reclamações
populares e atitudes questionáveis que envolvem a empresa que controla o
transporte público em nossa cidade.
E, sim, criar uma nova rua cheia de voltas é uma forma de
dificultar o trânsito dos carros.
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