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quinta-feira, 1 de março de 2012

Plano de Cheias não envolve a reconstrução das réguas do Rio Itajaí



Na quinta-feira da semana passada (23/02) o governador Raimundo Colombo esteve em Blumenau para ‘conhecer’ o Plano contra Cheias.

Historicamente esse tem sido o maior problema de nossa região e uma medida imediata – cada vez mais urgente – se faz de absoluta necessidade. Eis então que veio o governador assinar a ordem para que se comecem as obras, quatro anos após nossa pior catástrofe.

Seria fora de contexto aprofundar aqui o decepcionante desvio de efetivo policial blumenauense para o litoral no começo do ano, o déficit na Saúde Pública e a postura antiética (além de antidemocrática e, talvez até, antinacional) que a administração política estadual tem tido com escolas públicas de comunidades carentes em Florianópolis. Mas ainda assim, é imprescindível citar, em respeito àqueles que desconhecem tais fatos.

Mas, ao menos, o governador esteve aqui – no Teatro Carlos Gomes – para assinar o edital para a aquisição de radares meteorológicos para nossa cidade, que poderão avisar a população com certa antecedência sobre temporais e assim evitar grandes desastres.

Além disso, faz parte do Plano contra Cheias um sistema de monitoramento, alerta e alarme, sobrelevações de barragens, construção de comportas, diques, prevenção de deslizamentos rodoviários, edificação de sete barragens de pequeno porte e uma de médio porte. Todos esses projetos, orçados em R$ 512 milhões e com o prazo de 42 meses para o término, são de importância fundamental para a segurança dos blumenauenses. Contudo, algo me incomoda.

Diversas autoridades políticas de nossa cidade – entre a bancada governista e a oposição – estiveram presentes durante a solenidade.

Nossos políticos estão dispostos a gastar mais de quinhentos milhões de reais em obras faraônicas cujo destino do dinheiro pode ser facilmente desviado, mas não demonstram nenhuma preocupação em gastar alguns milhares de reais para consertar as réguas de medição do rio.

A Defesa Civil tem uma enorme dificuldade em atualizar os níveis de medição do rio simplesmente porque as réguas foram lesionadas em Setembro e ainda estão assim.

Aliás: muito se fala em revitalização da Margem Esquerda do Rio Itajaí-Açu. O que soa estranho, considerando que a Margem Direita desabou há exatos seis meses em pleno centro da cidade e jaz – há meio ano em ruínas – sem que ninguém diga nada.

Lamentável.




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